No Vale do Paraíba, os sindicatos vão realizar assembleias e paralisações nas fábricas alertando os trabalhadores sobre o retrocesso que as reformas podem fazer nas leis trabalhistas e no direito à aposentadoria.
Advogados, juízes e procuradores do Ministério Público do Trabalho também devem fazer um protesto no fórum trabalhista contra as reformas de Temer.
Ato na Praça Afonso Pena
Como parte do dia de mobilizações, será realizado um ato na Praça Afonso Pena, em São José dos Campos, às 10 horas da manhã. O protesto deve contar com a participação de vários sindicatos da região. Toda a população está convidada a participar.
Os aposentados e pensionistas ligados à Admap vão participar do ato. Logo após, uma delegação vai a São Paulo engrossar as manifestações contra os ataques do governo na capital paulista.
“É fundamental a participação de todos os trabalhadores. Unidos e mobilizados teremos força para barrar a retirada de direitos. A aprovação dessa proposta significa o fim da aposentadoria, ninguém mais vai conseguir ter acesso à Previdência. Teremos que trabalhar até morrer. Além das mudanças nas regras da Previdência, ainda teremos de barrar a reforma trabalhista. Querem tirar os direitos dos trabalhadores para garantir o lucro dos empresários e banqueiros”, afirma o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região, Antônio Ferreira de Barros, o Macapá.
Mobilização em todo o país
A paralisação nacional vai ter a adesão de diversas categorias. Os professores da rede pública de ensino entrarão em greve a partir do dia 15 em vários estados. Em São Paulo, o transporte público também vai parar. Os ônibus vão ficar estacionados nas garagens e os metrôs nas estações. Motoristas e cobradores de Curitiba e região metropolitana também decidiram cruzar os braços.
Os bancários, funcionários do Correios, das indústrias químicas, eletricitários, segurança, entre outras categorias assumiram o compromisso de ir à luta. No Mato Grosso, os servidores da Saúde do Estado também devem parar.
Rumo à Greve Geral
O ato do dia 15 faz parte de uma agenda unitária de lutas contra as reformas trabalhista e da Previdência que reúne todas as centrais sindicais do País, inclusive a CSP-Conlutas. Essa unificação da classe trabalhadora representa um importante passo na construção de uma Greve Geral.
“A resposta tem de ser contundente. Para derrotar essa reforma, é preciso colocar todos os trabalhadores nas ruas lutando pela manutenção de seus direitos e por novas conquistas”, disse o secretário-geral da CSP-Conlutas, Luiz Carlos Prates, o Mancha.