Capitalismo

5 bilionários têm mesmo que metade mais pobre no Brasil, diz ONG

5 bilionários têm mesmo que metade mais pobre no Brasil, diz ONG
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A riqueza dos bilionários no mundo aumentou 13% ao ano, em média, desde 2010. O ritmo é seis vezes mais rápido do que os 2% de alta anual média nos salários pagos a trabalhadores.

Os dados estão no relatório “Recompensem o trabalho, não a riqueza”, lançado nesta segunda-feira (22/1) pela Oxfam, organização internacional não-governamental de combate à pobreza e desigualdades.

“A economia segue sendo muito boa para quem já tem muito e péssima para quem tem pouco”, afirma Katia Maia, diretora executiva da Oxfam Brasil, em nota para a imprensa.

O relatório da Oxfam afirma que de toda a riqueza gerada no mundo em 2017, 82% foi parar nas mãos do 1% mais rico do planeta.

Enquanto isso, a metade mais pobre da população global – 3,7 bilhões de pessoas – não ficou com nada. Os dados são referentes ao patrimônio líquido e tem como fonte o banco Credit Suisse.

Bilionários
O mundo ganhou um bilionário a cada dois dias entre março de 2016 e março de 2017, levando para 2.043 o total de bilionários no planeta. Nove em cada 10 são homens.

O número de bilionários brasileiros no período passou de 31 para 43, com patrimônio acumulado de US$ 549 bilhões, um crescimento de 13% em relação ao ano anterior.

Ao mesmo tempo, os 50% mais pobres do país viram sua fatia da renda nacional ser reduzida ainda mais.

O país tem hoje, segundo o relatório, 5 bilionários com patrimônio equivalente ao da metade mais pobre da população brasileira.

A organização diz que a situação é fruto de “uma ‘tempestade perfeita’” em que sindicatos perdem poder de negociação e “empresas usam a mobilidade dos seus investimentos para promover uma ‘corrida para trás’ entre países em termos de tributação e direitos trabalhistas”, entre outros fatores.

Entre as recomendações do relatório da Oxfam para melhorar a situação estão limitar os retornos a acionistas e altos executivos, garantir que os ricos paguem uma cota justa de impostos, combatendo a evasão e sonegação fiscais, e aumentar gastos com serviços públicos, como de saúde e educação.

A estimativa da organização é que um imposto global de 1,5% sobre a riqueza dos bilionários poderia cobrir os custos de manter todas as crianças na escola.

Com informações de Exame