Reforma em xeque

Aliados reconhecem que Temer não tem votos para alterar Previdência

Aliados reconhecem que Temer não tem votos para alterar Previdência
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Depois do operativo que livrou o presidente Michel Temer (PMDB) da denúncia de corrupção passiva apresentada pela Procuradoria-Geral da República, aliados do governo reconhecem que não têm votos suficientes para aprovar a reforma da Previdência no Congresso Nacional.

A informação foi publicada nesta segunda (14) pelo jornal Folha de S. Paulo, que relata "a erosão do capital político do presidente após seu esforço para barrar a denúncia de Rodrigo Janot na Câmara".

Segundo governista consultado pela Folha, Temer tem menos da metade dos 308 votos necessários para aprovar as mudanças na Câmara. "Nas contas de um deputado planilheiro, o governo tem apenas 150 votos certos em apoio às novas regras de aposentadoria", destaca o jornal.

Nova Greve Geral
A notícia de que Temer está tendo dificuldades para conseguir os votos não deixa ser positiva para os trabalhadores, uma vez que a reforma acaba com o direito à aposentadoria de milhões de brasileiros.

Mas não podemos ter nenhuma confiança no Congresso Nacional, cheio de defensores dos patrões e envolvidos em escândalos de corrupção. Da mesma forma, não podemos nos esquecer que o "toma lá, dá cá", distribuição de cargos e verbas em troca de apoio, é uma prática recorrente nos porões de Brasília.

Por isso, a classe trabalhadora precisa voltar a se mexer e ir à luta, a exemplo das mobilizações realizadas no primeiro semestre desse ano, como a Greve Geral do dia 28 de abril.

No dia 14 de setembro, metalúrgicos de todo o país vão fazer um Dia Nacional de Lutas, com greves e paralisações, para se contrapor às mudanças na Previdência e à aplicação da reforma trabalhista, já aprovada pelo Congresso e sancionada por Temer.

"É necessária uma nova Greve Geral para que os trabalhadores enterrem a reforma da Previdência e ponham abaixo o governo Temer e esse Congresso de gatunos", afirmou o diretor da Admap Josias de Oliveira Mello.