O desconto é para o pagamento de empréstimos, financiamentos, cartão de crédito e operações de arrendamento mercantil (leasing).
A MP estabelece que, do limite de 35%, 5% são reservados exclusivamente para pagamento de despesas contraídas por meio de cartão de crédito.
O aumento do crédito consignado está longe de resolver os problemas financeiros dos aposentados e pensionistas. Com a alta da inflação e o arrocho nos benefícios previdenciários, o endividamento da terceira idade e do conjunto da população têm crescido. Em abril, o endividamento das famílias brasileiras chegou ao maior nível em uma década, comprometendo mais de 46% da renda anual.
“Aumentar o empréstimo consignado não resolve nada. Os aposentados e pensionistas querem aumento real de salário e a recuperação das perdas frente ao salário mínimo”, disse o presidente da Admap, Lauro da Silva. “Neste momento, estamos na luta para que Dilma sancione a extensão da política de valorização do salário mínimo aos beneficiários do INSS”, acrescentou.
Os riscos do consignado
O empréstimo consignado é a modalidade de crédito em que o pagamento da parcela é descontado diretamente no contracheque do trabalhador. No caso dos aposentados e pensionistas, a cobrança é feita na folha do INSS.
Esse tipo de crédito pode se tornar uma armadilha em casos de necessidade ou mesmo alguma emergência, pois o dinheiro irá para o banco de qualquer maneira
Para a Admap, o aumento do endividamento dos aposentados com o consignado é resultado da atual política do governo federal, que tem reduzido, ano a ano, o poder de compra da categoria, concedendo reajustes menores que o salário mínimo e a própria inflação. Assim, com o consignado, os bancos são os grandes beneficiados, já que as operações apresentam a eles “risco zero”.