Levantamento

Aposentadoria no Brasil fica pior, aponta ranking mundial

Aposentadoria no Brasil fica pior, aponta ranking mundial
Notícias

Apesar de o Brasil ser a sétima economia do planeta, nosso país ficou apenas na posição 61 entre os melhores países para se aposentar. Os dados são do Índice Global de Aposentadoria, do banco Natixis.

O Brasil caiu mais de vinte posições entre 2013 e 2014, e agora está atrás de países como Argentina (58), Tailândia (56), Arábia Saudita (45), México (42) e Kuwait (40).

O ranking é liderado pela Suíça, Noruega e Áustria, nas respectivas 1ª, 2ª e 3ª posições.

A avaliação leva em conta fatores como níveis de renda per capita e desigualdade social.

Outros itens fundamentais que proporcionam boa qualidade de vida à população idosa, também levantados, são acesso à saúde, situação financeira do país, bem-estar, segurança, meio ambiente, entre outros.

Resultado da política do governo
A queda do Brasil no ranking de aposentadorias reflete a política do governo Dilma (PT) e de seus antecessores (Lula e FHC). São governos que têm maltrado os aposentados.

Este ano, por exemplo, a crueldade do Planalto fez com que recebêssemos um reajuste de apenas 5,56%, menor até do que a inflação, que foi de 5,91%, segundo o IPCA.

Ao longo dos anos, o governo federal tem concedido aos aposentados reajustes menores do que os do salário mínimo, provocando a desvalorização dos benefícios previdenciários.

Para se ter uma ideia, atualmente, mais de 70% dos aposentados do INSS recebem mensalmente apenas um salário mínimo, R$ 724.

Devido à política do governo, que empurra todos os benefícios para o piso, e como nenhuma aposentadoria pode ser inferior a um salário mínimo, esse fenômeno acontece e tende a crescer. Segundo estudo da Cobap, daqui a 11 anos, 90% dos aposentados estarão recebendo somente o salário mínimo.

Outro fator que penaliza os aposentados é o sucateamento da saúde pública e o alto custo dos planos de saúde particulares.

“É assim que o governo trata quem construiu as riquezas do país e contribuiu com a Previdência, durante décadas. Somente com os aposentados nas ruas, lutando por seus direitos é que podemos reverter esse quadro”, disse o diretor da Admap, Josias de Oliveira Melo.

Foto:  Tanda Melo