A ideia é somar forças – com trabalhadores da ativa, estudantes e desempregados – para realizar um dia de intensas mobilizações contra a reforma da Previdência do governo Jair Bolsonaro (PSL).
A Greve Geral está sendo convocada por todas as centrais sindicais e deve parar o país de Norte a Sul. Além de se contrapor à reforma da Previdência, a paralisação também será contra o desemprego e em defesa da educação pública, alvo de cortes do Palácio do Planalto.
Para o presidente da Admap, Lauro da Silva, os atuais beneficiários do INSS não podem se excluir da luta contra a Proposta de Emenda Constituição (PEC) que altera as regras da aposentadoria. "Quem já se aposentou ou recebe pensão precisa ir às ruas defender a Previdência, porque eles também serão afetados, seja com a possibilidade de terem os seus benefícios congelados, seja com a ameaça de colapso do atual sistema, por meio da tal proposta de capitalização", afirmou.
A reforma
Atualmente, a reforma está na Comissão Especial na Câmara dos Deputados. O governo Bolsonaro pretende aprovar o texto na Casa até o fim desse mês, antes do recesso dos parlamentares. Depois de passar na Câmara, a proposta precisa também ser aprovada no Senado.
Na prática, as mudanças acabam com o direito à aposentadoria de milhões de brasileiros. Entre outros ataques, a PEC impõe uma idade mínima para se aposentar de 65 anos para homens e 62 anos para mulheres, reduz pensões e benefícios assistenciais.
"No dia 14, aposentados e pensionistas estarão na luta para defender a Previdência pública e o direito à aposentadoria", acrescentou Lauro.