Dirigentes de todas as centrais sindicais que participaram da manifestação decidiram, em votação, que se o governo Temer enviar o projeto da reforma da Previdência para o Congresso Nacional, será convocada uma paralisação nacional.
Os manifestantes também reivindicam a revogação imediata da lei da terceirização e da reforma trabalhista, que entrou em vigor no dia 11, com severos ataques aos direitos.
Cerca de 120 trabalhadores saíram de São José dos Campos e região para participar da manifestação em São Paulo. Foram metalúrgicos, trabalhadores da alimentação, dos Correios, aposentados, professores e moradores do bairro Pinheirinho dos Palmares.
A delegação levou faixas e cartazes com exigências e críticas ao presidente Michel Temer (PMDB) e todos os ataques armados contra os trabalhadores. “Fim da aposentadoria? Nem a pau! Não à reforma da Previdência”, estampava um dos cartazes. Ou então “Reforma trabalhista acaba com direitos”.
Protestos nas fábricas
Antes de seguirem para o ato unificado, trabalhadores de todo o país realizaram protestos nas fábricas. Em São José dos Campos e Jacareí, houve assembleias em oito fábricas metalúrgicas.
Pelo Brasil, aconteceram mobilizações de metalúrgicos, químicos, petroleiros e têxteis, operários da construção civil, rodoviários, bancários, trabalhadores dos Correios, servidores públicos, entre outras categorias.
Participaram do Dia Nacional de Luta sindicatos vinculados à CSP-Conlutas, CUT, Força Sindical, UGT, Nova Central, Intersindical, CSB e CTB.
Manifestação dos aposentados
No dia anterior (9), os aposentados e pensionistas protestaram em frente à sede central do INSS, em São Paulo, contra as reformas do governo. Várias caravanas do estado participaram do ato, que foi organizado pela Cobap (Confederação Brasileira dos Aposentados, Pensionistas e Idosos) e Fapesp (Federação dos Aposentados do Estado de São Paulo).
Após a concentração, os manifestantes realizaram uma passeata, que bloqueou ruas centrais da capital. Os aposentados também levaram um boneco satirizando o presidente Temer.
"O caminho é este. Não podemos recuar. Se o governo insistir em colocar em votação a reforma da Previdência, precisamos parar o país com uma nova Greve Geral", disse o presidente da Admap, Lauro da Silva.