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Aposentados ocupam sede do INSS em São Paulo contra reforma da Previdência

Aposentados ocupam sede do INSS em São Paulo contra reforma da Previdência
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Cerca de 400 aposentados e pensionistas ocuparam, nesta quinta-feira (30), a Superintendência do INSS em São Paulo contra a proposta de reforma da Previdência em discussão pelo governo Michel Temer (PMDB).

Com faixas e cartazes, os manifestantes permaneceram no prédio por cerca de três horas, almoçaram em marmitex e, depois, deixaram o edifício, localizado no Largo Santa Ifigênia, região central da capital paulista.

Além de protestar contra a reforma que pretende aumentar a idade da aposentadoria e permitir benefícios inferiores ao salário mínimo, os aposentados também exigiram a volta do Ministério da Previdência (fundido à pasta do Trabalho por Dilma Rousseff (PT), no ano passado, e, recentemente, extinto e vinculado ao Ministério da Fazenda por Temer).

Durante a ocupação, placas com a inscrição "Fora Temer" também eram exibidas pelos participantes, que entregaram uma carta de reivindicação à superintendente regional Ivete Rocha Bittencourt.

Concentração e passeata
O início da manifestação foi na sede da Fapesp (Federação dos Aposentados do Estado de São Paulo), onde aposentados de várias partes do estado se concentraram. Pouco antes das 10 horas, os manifestantes saíram em passeata rumo ao INSS, com o auxílio de um caminhão de som, matracas e apitos.

O trajeto, de aproximadamente 600 metros, foi realizado em meia hora.

A Admap (Associação Democrática dos Aposentados e Pensionistas) do Vale do Paraíba levou uma delegação de 50 pessoas ao ato.

"Este foi o primeiro de muitos protestos que vamos realizar contra a reforma da Previdência e pela volta do Ministério. Não vamos aceitar a retirada de direitos articulada por Temer e esse Congresso dominado por corruptos", disse o presidente da Admap, Lauro da Silva.

Para o diretor da Admap Josias de Oliveira Mello, que também faz parte da direção da Cobap (Confederação Brasileira dos Aposentados, Pensionistas e Idosos), é necessária a unidade dos aposentados e pensionistas com os trabalhadores da ativa para deter os ataques preparados por Brasília.

"Só com a união de toda a classe trabalhadora vamos derrotar o governo Temer e suas reformas. Precisamos intensificar as mobilizações para preservarmos direitos conquistados à custa de muita luta", afirmou Josias.

Fotos: Rodrigo Zaim