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O ato, realizado nas proximidades do Sindicato dos Metroviários, na região leste da capital paulista, sofreu com a forte repressão da Tropa de Choque da Polícia Militar, que tentou impedir o protesto de todas as formas.
Primeiro, os policiais impediram que a manifestação ocupasse a Radial Leste,. Depois, os trabalhadores, estudantes e aposentados foram encurralados, sob os estrondos intimidadores de bombas lançadas injustificadamente, e obrigados a se abrigar na quadra do Sindicato dos Metroviários.
Resistindo à tentativa dos governos de calar a voz dos lutadores, o ato prosseguiu nas dependências do Sindicato.
"Apesar de se tratar de uma manifestação pacífica, soldados da Tropa de Choque, sob o comando do governador Geraldo Alckmin (PSDB), atiraram bombas de gás contra os manifestantes. Eram cerca de 1.500 pessoas, que estavam ali desde as 10 horas tentando exercer seu direito à livre manifestação. Infelizmente, parece que estamos voltando à época sombria da ditadura", relatou o diretor da Admap Josias de Oliveira Melo.
A manifestação foi convocada pela CSP-Conlutas e outras entidades.
Aposentados
A Admap levou as reivindicações dos aposentados ao protesto. Uma grande faixa exibia: "Aposentados exigem o mesmo reajuste do salário mínimo e recuperação das perdas". Os inativos estão em luta pela aprovação do projeto de lei 4434/08, atualmente parado na Câmara, que atualiza o valor de aposentadorias e pensões de acordo com o número salários mínimos do período da concessão do benefício.
Além disso, cartazes faziam alusão à Copa e mencionavam que os aposentados não aceitariam mais "serem jogados para escanteio".
"Achamos fundamental unir nossa luta à dos trabalhadores da ativa, estudantes e movimentos sociais, neste período em que todas as atenções estão voltadas para o nosso país. Temos de continuar exercendo o nosso direito à manifestação e repudiar a repressão violenta promovida pelos governos", disse o presidente da Admap, Lauro da Silva.
Foto: Wendell Marques