Segundo matéria publicada no jornal Folha de S. Paulo na sexta-feira (21), "o governo fará nova investida para limitar os pagamentos de pensões”.
Em resumo, Brasília quer voltar a discutir o corte do valor dos benefícios. No final do ano passado, a medida provisória 664 propôs reduzir a pensão por morte para 50% do benefício mais 10% para cada dependente. No Congresso, essa proposta foi derrubada, mas foi mantido o fim da vitaliciedade da pensão para pessoas com menos de 44 anos.
Além disso, os reajustes dos servidores e dos aposentados estariam na mira do Palácio do Planalto: a intenção é conter propostas que concedam aumento real (acima da inflação).
No final de julho, Dilma vetou uma medida, aprovada pelo Congresso Nacional, que aplicava às aposentadorias a mesma fórmula de correção do salário mínimo de 2016 a 2019.
A iniciativa beneficiaria quem ganha acima do piso previdenciário (um salário mínimo), que têm recebido reajustes que mal cobrem a inflação.
Também voltou à pauta do governo a ideia de fixar uma idade mínima para a aposentadoria. Isso consta, inclusive, no rol de absurdos da famigerada “Agenda Brasil”, pacote de propostas apresentado pelos senadores do PMDB e acolhido pelo governo.
“Apesar da popularidade da presidente estar no volume morto, as propostas de ataques aos direitos não cessam. A oposição ligada ao PSDB do Aécio tem a mesma política. Por isso, resta à classe trabalhadora ocupar seu espaço. É preciso construir uma alternativa dos trabalhadores, além do PT, PSDB e dos partidos que orbitam na defesa dos interesses do grande capital”, disse o presidente da Admap, Lauro da Silva.