A celebração reuniu cerca de 200 pessoas, dentre elas, seis ex-presidentes da entidade, o atual presidente, Antônio Ferreira de Barros, o Macapá, além de diretores e ex-diretores que construíram a história de luta do Sindicato.
Durante a comemoração foram feitos os lançamentos da revista comemorativa e do documentário que contam os principais episódios da entidade, desde sua fundação pelos trabalhadores da Ericsson 14 de março de 1956, passando pelos anos em que entidade foi comandada pelos pelegos, até os dias de hoje.
Os ex-presidentes do Sindicato Ary Russo, José Luiz, Toninho Ferreira, Luiz Carlos Prates (Mancha), Adilson dos Santos (Índio), e Vivaldo Moreira compareceram à festa e falaram sobre o orgulho de fazer parte história. Dentre os ex-presidentes, apenas o primeiro deles, José Domingues, não compareceu.
Todos os diretores e ex-diretores presentes receberam um diploma em homenagem à atuação frente ao Sindicato.
Do assistencialismo à luta
Em sua fala, o ex-presidente Ary Russo destacou a importância da greve da GM em 1979, que reuniu a oposição sindical responsável por trazer a entidade para o caminho da luta. Naquela época, o Sindicato era dirigido por José Domingues e tinha um perfil meramente assistencialista - com farmácia, dentistas, médicos - e não organizava lutas em defesa de melhores salários e condições de trabalho.
“Com a mobilização por melhores salários, a primeira coisa que fizemos foi transformar a farmácia do Sindicato em salão de assembleias. A partir de então, os metalúrgicos passaram a ser donos da entidade. Esta foi uma das grandes vitórias daquela greve. Sinto-me honrado em fazer parte desta história”, destacou Russo.
A partir de então, o Sindicato passa a ter uma atuação independente de patrões e governos. “A história mostra que estávamos corretos ao iniciarmos esta trajetória. Nenhum governo, nem mesmo Lula, resolveu o problema dos trabalhadores. O PT e a CUT se venderam aos patrões, mas nós continuamos na mesma trincheira, ao lado dos trabalhadores, com assembleias, passeatas e ocupações”, defendeu o ex-presidente do Sindicato e hoje suplente de deputado federal pelo PSTU, Toninho Ferreira.
Já o ex-presidente Vivaldo Moreira falou sobre os escândalos de corrupção que indignam a população. “Este Sindicato tem uma moral: enquanto a roubalheira toma conta do país, aqui ninguém enriqueceu! Ao contrário do que ocorre em muitos sindicatos, aqui não existe ajuda de custo para financiar os diretores. Todos vivem com o salário pago pela fábrica e fazem o que o metalúrgico manda”, explicou Vivaldo.
Reforçando a trajetória classista e socialista que tornaram o Sindicato referência internacional de luta, o atual presidente Antônio Macapá falou sobre as tarefas que estão por vir.
“O desafio agora é com a mobilização dos trabalhadores contra o governo. Precisamos colocar para fora a presidente Dilma, Michel Temer, Renan Calheiros, Eduardo Cunha e Aécio Neves. Como faz há anos, o Sindicato estará à frente desta luta e vai exigir eleições gerais pra tirar toda essa corja de Brasília e construir um governo dos trabalhadores”, afirmou.
Para construir esta mobilização, o Sindicato está à frente da convocação dos atos de 1º de abril e 1º de maio.
Fonte: www.sindmetalsjc.org.br