Os principais alvos dos manifestantes foram o Projeto de Lei (PL) 4330, que libera indiscriminadamente as terceirizações no país, e as Medidas Provisórias 664 e 665, que reduzem o acesso de milhões de trabalhadores ao seguro-desemprego, PIS, auxílio-doença e pensão por morte.
A Admap marcou presença no protesto, que contou com a participação de metalúrgicos, petroleiros, químicos, professores, trabalhadores dos Correios, da alimentação, condutores e servidores municipais de Jacareí, além de partidos e movimentos sociais, como o PSOL, PSTU, Mulheres em Luta (MML), Quilombo Raça e Classe, Luta Popular e Assembleia Nacional dos Estudantes Livre (ANEL).
Enquanto centrais governistas, como CUT, Força Sindical e CTB, organizaram festas, a manifestação organizada pela CSP-Conlutas e entidades da região teve um caráter independente dos patrões e do governo.
Durante o ato, os grupos “Raízes" e "Arte Técnica" fizeram uma apresentação de roda de capoeira, entoando canções que lembravam a luta dos trabalhadores no Brasil.
Discursos
Várias lideranças sindicais e políticas se revezaram ao microfone durante a manifestação.
“Neste momento, os professores de vários estados e municípios estão em greve. Os governos dizem que na ‘pátria educadora’ [slogan do governo federal] não tem dinheiro pra dar aumento para os trabalhadores da educação, enquanto isso, tem dinheiro para corrupção”, afirmou o ex-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos e atual primeiro suplente de deputado federal do PSTU, Toninho Ferreira.
A crítica ao aumento da inflação e ao endividamento das famílias também marcaram estiveram presentes. As condições de vida também estão piorando com a alta da inflação, dos impostos, o endividamento e as demissões. A cada mês, o salário fica mais curto e milhares de pais e mães de família estão ameaçados de perderem seus empregos.
“Enquanto o governo garante o lucro dos grandes empresários e banqueiros, para os trabalhadores sobra ajuste fiscal, endividamento e cortes de direitos. Temos dar um basta nisso. É necessário, unificar as lutas que acontecem neste país, dos metalúrgicos, do conjunto dos trabalhadores, da juventude e do povo negro, para a construção de uma greve geral para derrotar o ajuste fiscal e o projeto de terceirização do governo federal ”, discursou o presidente do Sindicato, Antônio Ferreira de Barros, o Macapá.
O presidente da Admap, Lauro da Silva, também discursou contra os ataques do governo e do parlamento brasileiro.
Ao final do ato, enquanto cantavam palavras de ordem contra a terceirização, os manifestantes queimaram bonecos representando os deputados federais Eduardo Cunha (PMDB), presidente da Câmara dos Deputados, e Eduardo Cury (PSDB), eleito com os votos da região.
Fotos: Tanda Melo/Sindmetalsjc