O ato faz parte do calendário de mobilizações definido no Encontro Nacional de Lutadores e Lutadoras, realizado em São Paulo no dia 19 de setembro. Outros atos devem ocorrer no Rio de Janeiro (RJ), Fortaleza (CE), Teresina (PI) e Natal (RN).
O "Outubro de Lutas" já teve diversos atos Brasil afora, com manifestações nas capitais dos estados de Minas Gerais, Pará, Rio Grande do Sul e Paraíba, além do Dia de Mobilização da Juventude contra os ataques à aducação, realizado no dia 15.
Em São José, o protesto está sendo organizado pelo Fórum de Lutas do Vale do Paraíba e deve reunir metalúrgicos, químicos, petroleiros, professores, trabalhadores dos Correios, da alimentação, estudantes e aposentados. A Admap vai estar presente apresentando as suas reivindicações.
Além de faixas e cartazes, os manifestantes levarão à praça dois bonecos infláveis representando Dilma e Aécio Neves, presidente do PSDB e principal líder da oposição de direita, que, apesar de querer o afastamento da presidente, defende a mesma política econômica e os ataques contra os direitos dos trabalhadores.
Não ao ajuste fiscal
Motivos não faltam para ir às ruas protestar. A crise econômica e o ajuste fiscal promovido pelos patrões e governos do PT, PMDB e PSDB não param de atacar os trabalhadores.
O número de desempregados cresce a cada mês e já chega a 8,6 milhões de pessoas, segundo o IBGE. A alta dos juros e da inflação arrocham cada vez mais os salários.
O governo Dilma tem atacado os direitos trabalhistas e propõe cortes até mesmo nas áreas sociais, das quais jurou não tirar nem um centavo durante a campanha eleitoral. Após cortar R$ 25,5 bilhões da saúde, educação, da construção de creches e do programa Minha Casa Minha Vida, o Bolsa Família é que está na mira. O relator do orçamento no Congresso, deputado Ricardo Barros (PP-PR), está propondo um corte de R$ 10 bilhões (34,7% do orçamento total) no programa, que é destinado a famílias em situação de pobreza e extrema pobreza, com renda per capita (por pessoa) de até R$ 154 mensais.
Todos estes cortes atingem em cheio a classe trabalhadora para garantir o superávit primário. Ou seja, mais uma vez, Dilma vai tirar dos mais pobres para dar aos banqueiros.
“Chamamos todos os metalúrgicos a participarem do protesto e a fortalecerem a construção de uma Greve Geral no país que barre os ataques dos patrões e do governo. Vamos dar um basta no governo Dilma e neste Congresso corrupto que só atua em favor dos empresários e banqueiros. Precisamos construir nas lutas uma alternativa dos trabalhadores”, convoca Luiz Carlos Prates, o Mancha, da Secretaria Executiva da CSP-Conlutas.