Em defesa dos direitos

Ato em São José dos Campos encerra série de protestos na região

Ato em São José dos Campos encerra série de protestos na região
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Aposentados e pensionistas encerraram a série de protestos na região com um ato na Praça Afonso Pena, em São José dos Campos, nesta quinta-feira (20), contra o achatamento do valor dos benefícios previdenciários e as propostas do governo de reduzir direitos.

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Nesta terça e quarta (dias 18 e 19), protestos já haviam sido realizados nas cidades de Caçapava e Jacareí, respectivamente.

Os manifestantes distribuíram milhares de exemplares de um jornal que denuncia os ataques do governo Dilma Rousseff (PT) e fala da importância de ir às ruas para defender direitos.

O ato, realizado das 10h às 11h30, chamou a atenção das pessoas que passavam pelo centro da cidade, que demonstraram apoio às reivindicações da Admap, organizadora do protesto.

Além de apresentar as reivindicações específicas do segmento, os aposentados também fizeram menção ao Dia da Consciência Negra, celebrado neste 20 de novembro, e à luta contra o racismo e à discriminação racial.

Em defesa dos direitos
Ano após ano, o governo federal tem castigado aposentados e pensionistas com reajustes que mal cobrem a inflação e que são muito inferiores ao salário mínimo. Com isso, fica cada vez difícil viver com as aposentadorias e pensões pagas pelo governo.

Se não bastasse esta situação, a equipe de Dilma discute internamente uma série de investidas contra direitos históricos dos beneficiários do INSS e dos trabalhadores da ativa.

A pensão das mulheres, por exemplo, está na mira do Planalto. O governo pretende reduzir o benefício, que é concedido à companheira do segurado que vem a falecer.

Um relatório apresentado recentemente pelo Tribunal de Contas da União (TCU) confirma a intenção de atacarem os direitos dos aposentados e trabalhadores da ativa. O órgão faz uma análise totalmente equivocada das contas da Seguridade Social e, entre outras “maldades”, sugere aumentar o tempo mínimo de contribuição e idade, igualar a idade mínima para homens e mulheres se aposentarem e, como dito antes, dificultar o acesso às pensões por morte.

"Só temos uma alternativa, que é a mobilização. Precisamos convencer outros aposentados, pensionistas e idosos a se somarem à nossa luta", disse o presidente da Admap, Lauro da Silva.

Fotos: Tanda Melo