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Aumentar impostos dos trabalhadores é a nova meta do governo Dilma

Aumentar impostos dos trabalhadores é a nova meta do governo Dilma
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Mergulhado numa crise política e econômica, o governo Dilma Rousseff (PT) pretende fazer mais uma dura investida nos bolsos dos brasileiros: aumentar impostos. Esta é mais uma das facetas do ajuste fiscal que penaliza assalariados, aposentados e pensionistas.

Enquanto grandes empresas – como as de fabricação de veículos – são agraciadas com inúmeras isenções fiscais e empréstimos com juros reduzidos, o governo aprofunda a adoção de uma política tributária que faz os mais pobres pagarem mais impostos que os mais ricos. Absurdo que contribui para manter a gritante desigualdade social em nosso país.

Nesta terça-feira (8), o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, defendeu o aumento do Imposto de Renda de Pessoa Física (IRPF) para ajudar a reverter parte do rombo de R$ 30 bilhões no Orçamento da União.

Não custa lembrar que, ano após ano, o governo vem abocanhando fatias cada vez maiores do rendimento do trabalhador por meio da defasagem da tabela do IRPF. Isto porque, no geral, os salários são reajustados minimamente de acordo com a inflação, o que não ocorre com a tabela. É um verdadeiro confisco do governo, já que faz com que paguemos mais imposto a cada ano. Para se ter uma ideia, ao longo dos últimos 18 anos, a defasagem da tabela do IR chegou a 64% por conta dos seguidos reajustes abaixo da inflação.

“Para aumentar receitas, querem fazer a corda estourar do nosso lado. Esse governo nem fala em taxação de grandes fortunas ou dos lucros das empresas para aumentar seu caixa. É mais um motivo para mostrarmos toda a nossa indignação”, afirma o diretor da Admap Josias de Oliveira Mello.

Outros impostos
A equipe econômica estuda ainda criar um tributo “provisório” e elevar a cobrança de outros impostos por “decreto”, como a Cide, o IPI e o IOF.

A Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico), por exemplo, incide sobre os combustíveis. Em janeiro, o governo já havia definido o retorno do tributo, o que representou aumento de R$ 0,22 no litro da gasolina e R$ 0,15 no litro do diesel. Agora, o vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), quer propor um novo adicional de R$ 0,50 por litro.

Além de afetar os donos de veículos, o escandaloso aumento da Cide provocaria um efeito cascata, pois encareceria o frete de produtos e alimentos. Mais uma vez, quem perde somos nós.

Dia 18, todos à Avenida Paulista
Para nos contrapormos ao aumento de impostos para os trabalhadores e o ajuste fiscal do governo Dilma e do Congresso, vamos tomar a Avenida Paulista, em São Paulo, no próximo dia 18.

Contra o governo Dilma (PT), PMDB, PSDB e os demais partidos que defendem os ataques aos direitos dos trabalhadores e aposentados, a CSP-Conlutas e outras entidades estão organizando a Marcha Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras.

Trata-se de uma alternativa da classe trabalhadora, distinto dos protestos convocados pela direita, de um lado, e daqueles que só defendem o governo petista, do outro.

A Admap vai enviar uma caravana à Marcha. Aposentados e pensionistas que quiserem participar devem se inscrever o quanto antes na sede da entidade (Praça Carlos Maldonado Campoy, 8, Centro, São José dos Campos). O telefone para informações é o 3922-1341.

Foto: Fernanda Carvalho / Fotos Públicas