Neste mesmo período, o aumento geral no número de dívidas foi de 5%.
É mais um efeito colateral provocado pelo ajuste fiscal promovido pelo governo Dilma (PT).
O impacto dos reajustes —em São Paulo, a água subiu 15% e a energia, 40% — nas duas contas levou muitos consumidores ao endividamento, segundo Marcela Kawauti, economista-chefe do SPC.
"A escalada da inflação e alta dos preços de serviços básicos tem colocado o consumidor numa situação muito complicada. As contas domésticas [luz e água] aumentaram cerca de R$ 100 por mês, mas o salário não. O cenário é preocupante porque mesmo com a retração do crédito notamos que o endividamento está subindo", explica Kawauti.
O aumento na negativação por conta de débitos de luz e água só está atrás dos serviços de comunicação, setor em que o número de dívidas cresceu 12%, e dos bancos, em que a alta foi de 7,5% no último ano, mesmo com uma base de crédito menor na economia.
Quatro a cada dez brasileiros estão inadimplentes. O SPC estima que, entre março e abril de 2015, cerca de 600 mil consumidores foram incluídos em listas de devedores negativados. Com esse resultado, já são 55,3 milhões de devedores, número equivalente a 37,9% da população entre 18 e 95 anos.
Com informações de Folha de S. Paulo
Foto: Marcos Santos/USP Imagens