A medida marca uma reviravolta em uma transação que sempre foi muito prejudicial aos trabalhadores e aos interesses brasileiros. Desde o início, o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região foi contra a entrega da fabricante de aviões brasileira.
A ruptura ocorre num contexto em que a Boeing se vê mergulhada numa aguda crise financeira, agravada pela pandemia do coronavírus.
Esse desfecho significa uma derrota para o governo Bolsonaro e a direção da Embraer, irresponsáveis e coniventes com o péssimo negócio, que ainda deixou um rastro de prejuízos. O processo de venda custou R$ 485 milhões à empresa brasileira em 2019.
Além disso, o desarranjo deve levar as duas companhias a uma dura disputa na Justiça dos Estados Unidos (outra medida absurda aceita pela direção da Embraer).
Pela reestatização e estabilidade
Diante desse cenário, a conta não pode recair sobre os empregados. Por isso, o Sindicato defende a reestatização da Embraer, sob controle dos trabalhadores, para garantir a manutenção dos empregos e o alinhamento da empresa aos interesses do povo brasileiro e à soberania nacional.
“É indispensável que seja garantida a estabilidade no emprego para todos os trabalhadores, bem como a demissão da atual diretoria da empresa, que, de forma irresponsável, apostou nessa aventura que só beneficiava os norte-americanos”, disse o diretor do Sindicato Herbert Claros.
Fonte: www.sindmetalsjc.org.br