A medida também afetará aposentados e pensionistas que recebem o piso salarial.
Atualmente, o reajuste é calculado pela inflação mais a variação do PIB (Produto Interno Bruto) de dois anos antes. Ainda assim, o salário é insuficiente para garantir a subsistência de uma família.
Segundo o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), o valor deveria ser de R$ 4.052,65. Hoje, o salário mínimo é de apenas R$ 998.
A proposta de Bolsonaro prevê que em janeiro de 2020 o piso salarial no país será de R$ 1.040, o que representa uma correção de 4,2% (equivalente à inflação estimada para o período). Pela fórmula atual, seria acrescentado um aumento real de 1,1%, considerando-se o crescimento do PIB 2018.
O governo tem até o final do ano para enviar a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para o Congresso Nacional.
O achatamento do salário mínimo vai afetar negativamente a vida de mais de 46 milhões de pessoas, levando a um cenário de aumento da pobreza. Esta situação poderá agravar-se caso seja aprovada a reforma da Previdência, que também reduzirá os benefícios dos aposentados.