De acordo com os dados pesquisados pelo jornal, entre os que ganham até dois salários mínimos e que aprovavam o governo em janeiro, um terço já mudou de opinião. Entre os que ganham mais do que isso e também viam a gestão como boa ou ótima, apenas um quinto alterou essa percepção.
Desde que Bolsonaro assumiu o Palácio do Planalto, o governo vive cercado por uma série de polêmicas, envolvendo ministros e os próprios filhos do presidente, que está propondo uma reforma da Previdência que, na prática, vai acabar com o direito à aposentadoria de milhões de brasileiros. Os números em relação ao emprego também deixam muito a desejar: em março, 43 mil postos de trabalho foram fechados, naquele que foi o pior resultado para o mês de março em dois anos.
No recorte comparativo por região, vimos que o chefe do Poder Executivo sofre maior desidratação no Nordeste. Lá de cada dez eleitores que consideravam o governo bom ou ótimo, quatro já mudaram de ideia. No Sudeste e no Sul, esse movimento também se observa, mas com menor intensidade: três e dois de cada dez, respectivamente, já deixaram de manifestar aprovação.
A queda na aprovação de Bolsonaro também foi mais expressiva nas capitais. Em janeiro, as taxas de satisfação nas capitais e no interior eram próximas: 47% e 51%. Em abril, passaram para 30% e 37%, respectivamente.
Na média nacional, a avaliação positiva do presidente caiu 14 pontos porcentuais desde o início do governo. Isso significa que, de janeiro a abril, a parcela dos brasileiros que consideravam a gestão boa ou ótima diminuiu de 49% para 35%. A aprovação teve queda em todos os segmentos de renda, escolaridade, local de moradia e gênero – mas não no mesmo ritmo.
Com informações de O Estado de S. Paulo