O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), marcou para domingo, às 14 horas, a votação do impeachment da presidente Dilma Rousseff na Casa.
Para que o processo avance, são necessários 342 votos a favor do impeachment. Se a votação for alcançada, o processo vai para o Senado, que, por maioria simples, poderá afastar Dilma de suas funções.
Para os trabalhadores, aposentados e pensionistas, nada muda com o impeachment de Dilma, já que quem assume é o atual vice Michel Temer, do PMDB, também envolvido em corrupção e defensor da reforma da Previdência, do ajuste fiscal e dos ataques aos nossos direitos.
Outro terrível efeito colateral é que, se Dilma sair, o vice-presidente da República será Eduardo Cunha, notório corrupto e opositor das nossas causas.
Dilma, por sua vez, faz um governo indefensável, comprometido com os interesses dos grandes empresários e banqueiros.
Ou seja, não é possível trocar “seis por meia dúzia”. É necessário exigir “Fora todos” e a convocação de eleições gerais, sem corruptos e com condições igualitárias aos candidatos.
Protesto no sábado
No sábado, às 10 horas, na Praça do Sapo, em São José dos Campos, a CSP-Conlutas, Admap e sindicatos da região farão uma manifestação para exigir “Fora todos” e eleições gerais. Toda a população está sendo chamada a participar.
“Vamos à praça manifestar a nossa posição. Os trabalhadores da ativa, aposentados, pensionistas e a população mais pobre precisam tirar Dilma, Temer, Cunha e Renan e, da mesma forma, dizer não à oposição de direita, comandada pelo PSDB. Nas ruas, precisamos construir uma alternativa da classe trabalhadora”, afirmou o presidente da Admap, Lauro da Silva.