Nem a chuva desanimou os trabalhadores, que – com palavras de ordem – chamaram a atenção da população contra a política de Bolsonaro de destruir direitos trabalhistas e previdenciários.
Antes de caminharem para a Fiesp, os cerca de mil manifestantes ocuparam o vão Livre do Masp, há alguns metros da entidade patronal.
O presidente da Fiesp, Paulo Skaf, tem demonstrado grande proximidade com o Jair Bolsonaro e apoia integralmente a pauta de redução dos direitos trabalhistas apresentada pelo governo federal. Eles, inclusive, tiveram agenda conjunta nessa segunda.
"O ato que estamos fazendo aqui é simbólico, porque queremos mostrar que o Bolsonaro não é bem-vindo na cidade de São Paulo, porque esse presidente vem impondo uma política de arrocho do salário, de destruição dos serviços públicos, de acabar com a cultura, educação”, disse o representante da CSP-Conlutas Luiz Carlos Prates, o Mancha.
Mancha também repudiou a edição da Medida Provisória 905, que instituiu, entre outros ataques, o Contrato de Trabalho Verde e Amarelo, com uma série de redução de direitos.
Calendário e necessidade de Greve Geral
A necessidade da Greve Geral no país também foi defendida pela CSP-Conlutas como algo fundamental para se derrotar Bolsonaro e sua política a classe trabalhadora.
“Esse ato é em defesa dos empregos e direitos, porque o governo Bolsonaro, dando sequência à política de governos anteriores, aprovou a reforma da Previdência e segue com sua agenda de ataques. Nós defendemos que o movimento sindical tem que fazer a convocatória para uma Greve Geral no país, que é a única forma de derrotarmos Bolsonaro”, defendeu o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, Weller Gonçalves.
As centrais estão organizando um calendário de lutas, que inclui o Dia Internacional da Mulher (8 de março) e um dia nacional de lutas convocado para 18 de março. O 1º de Maio, Dia Internacional dos Trabalhadores, também deverá ser uma data que servirá para se contrapor aos ataques do Palácio do Planalto e do Congresso Nacional.