Segundo informações publicadas pela imprensa, 11 moradores da cidade de Barra Longa (MG) que realizaram exames toxicológicos em 2017 foram diagnosticados com intoxicação por níquel.
Esse é o primeiro diagnóstico nesse sentido entre populações afetadas pelo rompimento da barragem de Fundão. Desde o crime da Samarco, aumentaram muito as queixas de adoecimento entre a população dos locais afetados, principalmente por conta de problemas respiratórios, de pele e transtornos mentais.
Foram pesquisados 13 metais. Dos 11 participantes, com idades entre 2 e 92 anos, todos apresentaram aumento de níquel no sangue e 10, diminuição de zinco (que pode ser explicada pela interação com o níquel).
Do total de participantes, três apresentaram pequeno aumento de arsênio no sangue e, em cinco pessoas, o nível de arsênio encontrava-se normal, porém no limite superior da normalidade.
O relatório destaca que, pelo número reduzido de participantes, ele não pode ser considerado conclusivo para responsabilizar a Samarco, mas ressalta que o seu resultado exige a realização de estudos mais aprofundados. Por conta disso, o relatório foi enviado ao Ministério Público.
"Não podemos esquecer um crime desse tamanho e é dever da classe trabalhadora exigir prisão do comando da empresa e todas as reparações às comunidades atingidas e ao meio ambiente", disse Weller Gonçalves, presidente eleito e responsável pela Secretaria de Saúde do Sindicato.
Fonte: www.sindmetalsjc.org.br