Segundo dados divulgados pelo Banco Central, entre janeiro e maio de 2018, 30,2 milhões de novos contratos foram assinados. Já no mesmo intervalo do ano anterior, foram 26,06 milhões de transações com desconto em folha.
De acordo com o boletim do BC, no entanto, o volume de crédito tomado pelos aposentados foi menor nos primeiros cinco meses desse ano, R$ 4,3 bilhões, contra R$ 6,3 bilhões no mesmo período do ano passado. No total, os aposentados e pensionistas do INSS devem R$ 122,1 bilhões aos bancos, nessa modalidade de crédito.
Atualmente, o aposentado pode comprometer até 35% da renda com o consignado, sendo 30% com o empréstimo comum e 5% com o cartão de crédito.
Os riscos do consignado
O empréstimo consignado é a modalidade de crédito em que o pagamento da parcela é descontado diretamente no contracheque do trabalhador. No caso dos aposentados e pensionistas, a cobrança é feita na folha do INSS.
Esse tipo de crédito pode se tornar uma armadilha em casos de necessidade ou mesmo alguma emergência, pois o dinheiro irá para o banco de qualquer maneira.
Para a Admap, o aumento do endividamento dos aposentados com o consignado é resultado da política implementada pelos últimos governos, que tem reduzido, ano a ano, o poder de compra da categoria. Assim, com o consignado, os bancos são os grandes beneficiados, já que as operações apresentam a eles “risco zero”.