Conselho de Ética

Com nova manobra, Eduardo Cunha quer levar ação contra ele à estaca zero

Com nova manobra, Eduardo Cunha quer levar ação contra ele à estaca zero
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Dois meses após o protocolo da representação que pede a cassação do seu mandato, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), tentará nesta semana levar o trâmite do processo novamente à estaca zero.

As informações são do jornal Folha de S. Paulo.

Aliados vão buscar emplacar esse cenário no Conselho de Ética –caso não consigam, irão recorrer à presidência da Câmara, comandada por Cunha, que já deu decisão na semana passada em benefício do peemedebista.

Na quarta (9), por meio de um recurso de aliados à presidência da Câmara, o relator no Conselho, Fausto Pinato (PRB-SP), foi substituído por Marcos Rogério (PDT-RO) sob o argumento de que o primeiro não poderia ter assumido a função por pertencer a partido que apoiou a eleição de Cunha para a presidência da Casa.

Com isso, os aliados do peemedebista vão pedir que todos os atos tomados sob a relatoria de Pinato sejam anulados e que seja dado novamente direito à manifestação da defesa.

A cassação contra Cunha não conseguiu superar nem a fase inicial, a do chamado relatório preliminar, que tem a função de definir apenas se há elementos mínimos para que seja dada sequência ao processo.

O presidente da Câmara foi denunciado sob a acusação de integrar o petrolão, além de ser investigado por ter omitido patrimônio em contas milionárias no exterior.

Fora Cunha
É preciso exigir a saída imediata de Eduardo Cunha da presidência da Câmara. No cargo (que é o terceiro na linha sucessória da República), Cunha tem atuado despudoradamente em causa própria: obstrui a atuação do Conselho de Ética para tentar evitar a sua cassação e é peça-chave para fazer avançar o impeachment de Dilma Rousseff (PT) e deixar a cadeira vaga para o vice Michel Temer, seu correligionário.

A Admap defende a construção de uma alternativa da classe trabalhadora, contra o ajuste fiscal e a atual política econômica, sem Dilma, Temer, Cunha, Renan Calheiros e Aécio Neves.

Com informações do jornal Folha de S. Paulo