Pressão popular pesou

Conselho de Ética aprova parecer pela cassação de Eduardo Cunha

Conselho de Ética aprova parecer pela cassação de Eduardo Cunha
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Foi uma vitória da pressão popular. O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados aprovou, nesta terça-feira (14), o pedido de cassação do mandato do presidente afastado da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), por quebra de decoro parlamentar.

Por 11 votos a 9, os deputados acataram o parecer do deputado Marcos Rogério (DEM-RO) que afirma que Cunha quebrou o decoro ao mentir sobre ter contas no exterior durante depoimento na CPI da Petrobras.

Agora, o processo contra Cunha precisa ser analisado no plenário da Câmara dos Deputados. Para que o peemedebista tenha o mandato cassado, é preciso pelo menos 257 votos, maioria simples entre 513 deputados.

Mas o presidente da Câmara afastado não desiste e diz que vai recorrer à CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) para barrar a revogação do seu mandato.

“Mais do que nunca, é preciso manter a pressão popular para sacramentar a cassação desse corrupto, que tem desafiado o povo brasileiro com suas manobras para se manter no poder. Fora Cunha já”, disse o presidente da Admap, Lauro da Silva.

Saiba mais
O processo de Cunha no Conselho de Ética é considerado o mais longo no colegiado e foi marcado por inúmeras manobras que protelaram a decisão dessa terça-feira.

A representação contra Cunha foi entregue pelo PSOL e Rede à Mesa Diretora da Câmara no dia 13 de outubro de 2015. A Mesa, comandada por Cunha, levou o prazo máximo de 14 dias para realizar a tarefa de numerar a representação e enviá-la ao Conselho de Ética, o que retardou o início dos trabalhos do colegiado. O processo só foi instaurado quase um mês depois da representação, em 3 de novembro de 2015.

Depois disso, as manobras protelatórias continuaram por meio de sucessivos pedidos de vistas da chamada “tropa de choque” de Cunha, troca do relator do Conselho de Ética e outras artimanhas.