Os venezuelanos que estão se refugiando no Brasil tentam sobreviver e escapar de uma situação extrema de fome e pobreza provocada pela crise política e econômica em seu país. Desde 2017, mais de 127 mil venezuelanos já se refugiaram por aqui.
O governo, entretanto, não oferece estrutura suficiente para atender aos refugiados. Os alojamentos são precários e há uma evidente falta de planejamento para que os serviços públicos (em especial, a rede de saúde) atendam a todos – brasileiros e venezuelanos.
Nesta segunda-feira (20), o governo de Roraima voltou a pedir ao STF (Supremo Tribunal Federal) que vete temporariamente a entrada de venezuelanos pela fronteira do Estado.
O conflito entre moradores de Roraima e os imigrantes neste fim de semana mostra o atraso nas ações do governo Temer para lidar com essa questão humanitária.
É preciso ter acolhimento
A CSP-Conlutas defende a garantia de todas as condições para que os imigrantes venezuelanos sejam acolhidos e tenham acesso à documentação, regularização de permanência, saúde, educação, emprego, entre outros direitos.
Em junho, uma comissão da CSP-Conlutas esteve em Roraima para levar solidariedade aos refugiados. O objetivo da visita foi, além de levar apoio, dar visibilidade a esse drama humanitário e combater situações como a xenofobia (quando há aversão, discriminação e crime de ódio contra pessoas de outras nacionalidades), além de cobrar dos governos uma política migratória adequada, que atenda às demandas e direitos dessa população.
Confira o vídeo que retrata essa visita: