Com a decisão, o STF (Supremo Tribunal Federal) só poderá analisar a denúncia a partir de 1º de janeiro de 2019, quando o peemedebista deixar a Presidência da República.
Foram 251 votos contra a investigação e 233 a favor. Eram necessários 341 para que a denúncia fosse encaminhada à Justiça. A votação também beneficiou dois ministros do governo, Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência), acusados apenas pelo crime de organização criminosa.
Para se livrar mais uma vez, Temer transformou o Palácio do Planalto em um verdadeiro balcão de negócios: liberou R$ 12 bilhões em emendas parlamentares, ofereceu cargos e até projetos em troca de apoio dos congressistas. A terrível portaria que afrouxa a fiscalização do trabalho escravo, suspensa atualmente por decisão do STF, é um exemplo do "toma lá, dá cá" feito pelo presidente (neste caso em específico com a bancada ruralista).
Beneficiário e ao mesmo tempo refém desse troca-troca vergonhoso, Temer sai bastante enfraquecido depois da votação da Câmara, de acordo com analistas de Brasília. Mas devemos estar atentos, pois o governo agora buscará reunir forças para votar a reforma da Previdência ainda este ano.
"No 10 de novembro, Dia Nacional de Luta, vamos nos mobilizar contra os ataques do governo e para pôr para fora Temer e essa quadrilha do Congresso Nacional. Precisamos de uma alternativa dos trabalhadores", afirmou o diretor da Admap Josias de Oliveira Mello.
Com informações do site Congresso em Foco