Criado pelo Sindicato dos Metalúrgicos há 16 anos, o bloco conta com a adesão de trabalhadores de várias categorias. Uma ala dos aposentados da Admap também participou do bloco.
O carro abre-alas veio todo verde-amarelo representando a Copa do Mundo, com Neymar e Ronaldo Fenômeno segurando sacos de dinheiro. Era um protesto divertido aos gastos abusivos com o Mundial. O carro trazia também um caixão funerário lembrando os oito operários mortos nas obras dos estádios de futebol da Copa.
No segundo carro, o alvo do bloco eram tucanos e petistas envolvidos em escândalos de corrupção. Nas engrenagens feitas pelo "carnavalesco" Edmir Marcolino da Silva, diretor do Sindicato, um trem do metrô dirigido pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) surgia de dentro de um cofre cheio de dinheiro. A brincadeira era uma referência ao propinoduto do sistema de transporte nos governos tucanos.
E claro que não podiam faltar os mensaleiros. Vestidos com roupas de presidiários, mas com os bolsos cheios de dinheiro, os petistas José Dirceu e Delúbio Soares (este último usando boné da CUT) fizeram a festa. O desfile aconteceu justamente dois dias depois de o Supremo Tribunal Federal absolver os mensaleiros do crime de formação de quadrilha.
Mas o bloco não era só carros-alegóricos. A festa também vinha dos foliões que seguiam a pé: tinha Bin Laden, pierrô, havaianas, araras, enfim, muita gente com vontade de pular o Carnaval. Nas camisetas oficiais do bloco, a estampa chamava: "vem pra luta".
Este ano, o bloco teve o apoio da bateria da escola de samba Acadêmicos do Satélite, além de uma "comissão de frente" formada por estudantes da Escola Estadual Dinorá.
O desfile começou às 11h, na Rua Francisco Paes, e só terminou por volta das 13h depois de passar pela Rua 15 de novembro e voltar para o ponto de partida.
Foto: Tanda Melo/Sindmetalsjc
