Cerca de 5 mil trabalhadores perderão os seus empregos e o sustento de suas famílias em plena pandemia, que volta a apresentar números alarmantes.
A companhia norte-americana alega que o fechamento das fábricas faz parte de um processo de reestruturação mundial, mas a iniciativa não passa de um ato covarde e desumano, que visa o lucro e despreza a situação de milhares de trabalhadores.
Em 2019, a fábrica da montadora em São Bernardo do Campo (SP) já havia sido fechada 52 anos depois de sua inauguração.
A diretoria da Admap se solidariza aos trabalhadores da Ford e condena a postura da Ford, que recebeu cerca de R$ 20 bilhões do governo federal em isenções fiscais, desde 1999.
Em nosso país, infelizmente, isso é a regra: as empresas multinacionais, em especial as montadoras, lucram alto, recebem isenções fiscais bilionárias e, de um momento para o outro, a exemplo do que agora faz a Ford, tratam os operários como se fossem peças descartáveis.
É preciso exigir o cancelamento das demissões na Ford e o governo Bolsonaro não pode se omitir, pois, além de se tratar do sustento de milhares de pais e mães de família, a companhia lucrou nuito à custa de dinheiro público.
Se a empresa insistir em demitir, precisa ser estatizada e repassada ao controle dos operários.
"Em nome da Admap, quero manifestar o nosso firme apoio aos companheiros da Ford, que não podem ser dispensados desta maneira, depois de garantir tantos ganhos aos acionistas da montadora. Da mesma forma, exigimos do presidente Bolsonaro que atue imediatamente para reverter esses cortes desumanos e, se preciso, tome a empresa para garantir a manutenção de todos os postos de trabalho em nosso país", afirma o presidente da Admap, Lauro da Silva.