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Desvios da merenda escolar em São Paulo podem chegar a R$ 7 milhões

Desvios da merenda escolar em São Paulo podem chegar a R$ 7 milhões
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As fraudes na aquisição de merenda escolar da rede estadual de São Paulo, entre 2013 e 2015, somam R$ 7 milhões, segundo o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Ribeirão Preto. De acordo com as investigações, que colocam em xeque a administração de Geraldo Alckmin (PSDB), R$ 700 mil foram destinados ao pagamento de propina e comissões ilícitas.

Os crimes envolvem, até aqui, 20 municípios: Americana, Araras, Assis, Bauru, Caieiras, Campinas, Colômbia, Cotia, Mairinque, Mairiporã, Mogi das Cruzes, Novaes, Paraíso, Paulínia, Pitangueiras, Ribeirão Pires, São Bernardo do Campo, Santa Rosa de Viterbo, Santos e Valinhos.

Entre os detidos, que podem ter a prisão preventiva decretada após esse período, estão o ex-presidente da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, na década de 70, Leonel Júlio, e Sebastião Misiara, atual presidente da União dos Vereadores de São Paulo.

O presidente da Assembleia Legislativa, Fernando Capez, do PSDB, e o ex-chefe de gabinete da Casa Civil, na gestão de Geraldo Alckmin, Luiz Roberto dos Santos, conhecido como Moita, estão entre os investigados pela Polícia Civil e pelo Ministério Público Estadual de São Paulo. Em fevereiro, o desembargador Sérgio Rui da Fonseca, do Tribunal de Justiça de São Paulo, decretou a quebra dos sigilos bancário e fiscal de Capez.

Os mandados judiciais foram expedidos pela 3ª Vara Judicial de Bebedouro e incluíram busca e apreensão nas casas e empresas dos envolvidos. Os presos podem responder por de organização criminosa, fraudes em procedimentos públicos, falsidade ideológica e de documentos, corrupção ativa e passiva e prevaricação, crime praticado por funcionário público contra a administração pública.