“Vamos encarar a reforma na Previdência”, afirmou a presidente, defendendo a adoção de mecanismos para elevar a idade em que trabalhadores conseguem se aposentar.
De acordo com Dilma, a alteração pode ser feita pela fixação de idade mínima ou de um instrumento que misture idade com tempo de contribuição, como ocorreu com a fórmula 85/95 móvel — que é a soma da idade com tempo de contribuição para mulheres e homens.
"Pode ser este caminho [fixar uma idade mínima], tem outro que é a fórmula 85/95 móvel aprovada no Congresso", afirmou a presidente ao ser questionada como seria elevada a idade para aposentadoria no país, segundo o jornal Folha de S. Paulo.
A fala da chefe do Poder Executivo confirma declarações recentes de ministros, como Nelson Barbosa (Fazenda), segundo as quais o Planalto trabalha para dificultar o acesso à aposentadoria.
Entre os outros ataques ventilados pelo governo na reforma da Previdência está a redução do valor das pensões. Uma tentativa neste sentido já havia sido feita no ano passado, por meio da Medida Provisória 664, mas o Congresso Nacional acabou retirando a mudança do texto aprovado. A MP 664, no entanto, acabou com a vitaliciedade das pensões para cônjuges com menos de 44 anos e impôs carências para conseguir o benefício.
É preciso mobilização
Será preciso muita resistência e mobilização para barrarmos essa reforma da Previdência. A Admap vai se somar às iniciativas do movimento sindical e dos aposentados para defender que não mexam em nossos direitos.
"Precisaremos levar uma multidão às ruas para dizer não à reforma previdenciária. Não somos nós, trabalhadores e aposentados, que devemos pagar o preço dessa crise. Vamos à luta", afirmou o diretor da Admap Josias de Oliveira Mello.