Para pagar juros aos banqueiros

Dilma corta R$ 44 bilhões do Orçamento e afeta Previdência

Dilma corta R$ 44 bilhões do Orçamento e afeta Previdência
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O ministro da Fazenda, Guido Mantega, ladeado pela ministra do Planejamento, Miriam Belchior, durante anúncio do corte

O governo Dilma Rousseff (PT) anunciou, no dia 20, um corte de R$ 44 bilhões no Orçamento Público para garantir o "superávit primário" – em outras palavras, é a economia feita, com o sacrifício da população, para o pagamento dos juros da dívida aos grandes agiotas internacionais.

A notícia foi dada pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega.

A redução deve afetar áreas sociais, como a Previdência Social, e um dos carros-chefes na propaganda oficial, o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).

Do montante cortado pelo governo, R$ 13,5 bilhões sairão das chamadas despesas obrigatórias, que incluem a Previdência Social, área que, segundo discurso do próprio governo, apresenta "déficit" (prejuízo).

No entanto, sabemos que a história de déficit é uma mentira, obtida por meio de uma engenhosa manipulação contábil (afinal, como iriam tirar dinheiro de uma área que já dá prejuízo?). Os outros R$ 30,5 bilhões foram cortados de ministérios como Cidades, Cultura, Desenvolvimento Agrário, Meio Ambiente, Direitos Humanos, Igualdade Racial, Mulheres, Trabalho e  Transportes.

Segundo a Auditoria Cidadã da Dívida, o valor do corte não é suficiente para pagar sequer um mês de juros e amortizações da dívida pública.

Para a Auditoria, tal política do governo Dilma é "completamente equivocada" e jamais resolverá o problema. Segundo a organização, a questão deveria ser enfrentada com uma ampla e profunda auditoria, prevista na Constituição de 1988, mas nunca realizada. Certamente, vão descobrir que a dívida, que sangra as contas do país, já foi paga há muito tempo.

Para se ter uma ideia, a previsão de gastos com juros e amortizações da dívida pública federal em 2014 supera incríveis R$ 1 trilhão.