A notícia foi dada pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega.
A redução deve afetar áreas sociais, como a Previdência Social, e um dos carros-chefes na propaganda oficial, o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).
Do montante cortado pelo governo, R$ 13,5 bilhões sairão das chamadas despesas obrigatórias, que incluem a Previdência Social, área que, segundo discurso do próprio governo, apresenta "déficit" (prejuízo).
No entanto, sabemos que a história de déficit é uma mentira, obtida por meio de uma engenhosa manipulação contábil (afinal, como iriam tirar dinheiro de uma área que já dá prejuízo?). Os outros R$ 30,5 bilhões foram cortados de ministérios como Cidades, Cultura, Desenvolvimento Agrário, Meio Ambiente, Direitos Humanos, Igualdade Racial, Mulheres, Trabalho e Transportes.
Segundo a Auditoria Cidadã da Dívida, o valor do corte não é suficiente para pagar sequer um mês de juros e amortizações da dívida pública.
Para a Auditoria, tal política do governo Dilma é "completamente equivocada" e jamais resolverá o problema. Segundo a organização, a questão deveria ser enfrentada com uma ampla e profunda auditoria, prevista na Constituição de 1988, mas nunca realizada. Certamente, vão descobrir que a dívida, que sangra as contas do país, já foi paga há muito tempo.
Para se ter uma ideia, a previsão de gastos com juros e amortizações da dívida pública federal em 2014 supera incríveis R$ 1 trilhão.