A campanha é uma das mais disputadas das últimas décadas e o debate tem sido acalorado.
Na verdade, as duas candidaturas representam um mesmo projeto político, que tem sido praticado no país nos últimos anos, em que os maiores beneficiados são os mais ricos. Aos aposentados e trabalhadores em geral, sobram apenas migalhas.
Até por conta disso, a pauta de reivindicações dos aposentados não foi assumida por nenhuma das candidaturas que disputam o segundo turno.
Nem Dilma, nem Aécio, por exemplo, defendem a recuperação das perdas nos benefícios de aposentados e pensionistas, prevista no projeto de lei 4434/08, que continua parado na Câmara dos Deputados.
Da mesma forma, nenhum deles se compromete em garantir uma política de valorização às aposentadorias, que, ano após ano, vêm recebendo percentuais muito inferiores aos repassados ao salário mínimo.
"Infelizmente, não estamos representados nem na candidatura Dilma, nem na candidatura Aécio. Não podemos depositar nossa confiança nem no PT, nem no PSDB. Só nos resta o caminho para mobilização para, seja qual for o governo, conseguirmos garantir nossas reivindicações", disse o presidente da Admap, Lauro da Silva.
VAMOS À LUTA:
1. Em defesa da Previdência pública e dos direitos dos aposentados e pensionistas
- Fim da desoneração da folha de pagamento das empresas
- Fim do fator previdenciário
- Pela aprovação do projeto de lei 4434, que restitui ao valor da aposentadoria o mesmo número de salários mínimos quando da concessão do benefício
- Pela aprovação da PEC 555, que acaba com a cobrança previdenciária nos vencimentos dos servidores públicos aposentados
- Reajuste imediato das aposentadorias e pensões, que, nos últimos anos, têm recebido índices menores do que a inflação
2. Em defesa da saúde do aposentado
- Mais verbas para a saúde
- Hospitais geriátricos regionais
- Limitar o reajuste dos planos de saúde, na faixa de 59 anos ou mais, ao reajuste das aposentadorias
