Por acaso, os primeiros colocados nas pesquisas disseram que, se eleitos, vão acabar, de fato, com o fator previdenciário, mecanismo nefasto que reduz os benefícios previdenciários no momento de sua concessão?
Algum deles falou em parar de atacar a Previdência Social com a política de desoneração da folha, que retira dinheiro do caixa do INSS e deixa no bolso dos empresários?
A resposta para todas estas perguntas é não.
Infelizmente, nas eleições de outubro, aposentados, pensionistas e idosos não devem ter a ilusão de que seus problemas serão resolvidos com a vitória de Dilma, Marina ou Aécio.
“Independentemente de quem vier a subir a rampa do Palácio do Planalto, teremos que nos mobilizar para mostrar a nossa insatisfação. Pode ser frustrante, mas nada vai cair do céu”, afirmou o diretor da Admap Josias de Oliveira Mello.
Um mesmo projeto
Dilma Rousseff, Marina Silva e Aécio Neves podem até divergir em algumas questões, mas, na questão central, na política econômica, pensam de forma muito semelhante.
Em termos gerais, as candidaturas do PT, PSDB e PSB fazem parte de um mesmo projeto, que concede benefícios aos bancos e grandes empresários, enquanto concede migalhas aos trabalhadores da ativa e os aposentados.
Crise e ataques
Temos vivido um período de turbulência na economia, com aumento da inflação e previsão de crescimento zero do PIB. O país, inclusive, já está em recessão técnica.
São os efeitos da crise internacional capitalista dando as caras por aqui de maneira mais visível.
Mas o que isso tudo quer dizer? Acontece que seja quem for eleito vai querer que nós paguemos o preço de uma crise que não fomos nós que criamos.
Tudo está para depois das eleições: aumento da luz, da gasolina, mais cortes nos gastos sociais e, ainda pior, propostas de reformas que retiram direitos.