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Dilma, Marina e Aécio não assumem reivindicações dos aposentados

Dilma, Marina e Aécio não assumem reivindicações dos aposentados
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Pense e responda: algum dos principais candidatos à Presidência se comprometeu em repor as perdas dos aposentados e pensionistas ou apoiar a aprovação do projeto de lei 4434, que cumpre esse papel?

Por acaso, os primeiros colocados nas pesquisas disseram que, se eleitos, vão acabar, de fato, com o fator previdenciário, mecanismo nefasto que reduz os benefícios previdenciários no momento de sua concessão?

Algum deles falou em parar de atacar a Previdência Social com a política de desoneração da folha, que retira dinheiro do caixa do INSS e deixa no bolso dos empresários?

A resposta para todas estas perguntas é não.

Infelizmente, nas eleições de outubro, aposentados, pensionistas e idosos não devem ter a ilusão de que seus problemas serão resolvidos com a vitória de Dilma, Marina ou Aécio.

“Independentemente de quem vier a subir a rampa do Palácio do Planalto, teremos que nos mobilizar para mostrar a nossa insatisfação. Pode ser frustrante, mas nada vai cair do céu”, afirmou o diretor da Admap Josias de Oliveira Mello.

Um mesmo projeto
Dilma Rousseff, Marina Silva e Aécio Neves podem até divergir em algumas questões, mas, na questão central, na política econômica, pensam de forma muito semelhante.

Em termos gerais, as candidaturas do PT, PSDB e PSB fazem parte de um mesmo projeto, que concede benefícios aos bancos e grandes empresários, enquanto concede migalhas aos trabalhadores da ativa e os aposentados.

Crise e ataques
Temos vivido um período de turbulência na economia, com aumento da inflação e previsão de crescimento zero do PIB. O país, inclusive, já está em recessão técnica.

São os efeitos da crise internacional capitalista dando as caras por aqui de maneira mais visível.

Mas o que isso tudo quer dizer? Acontece que seja quem for eleito vai querer que nós paguemos o preço de uma crise que não fomos nós que criamos.

Tudo está para depois das eleições: aumento da luz, da gasolina, mais cortes nos gastos sociais e, ainda pior, propostas de reformas que retiram direitos.