Juntos, PT e PSDB e o Congresso corrupto já utilizaram de todas as manobras para acabar com a exclusividade da Petrobras na exploração e produção de petróleo do Brasil. Quebraram o monopólio estatal do petróleo e, de imediato, criaram o modelo de concessão das reservas petrolíferas das bacias sedimentares brasileiras, em terra e no mar, e começaram os leilões durante o governo tucano. Descoberto o pré-sal, criaram o modelo de regime de partilha e continuaram os leilões.
Porém, na última semana, o PLS (Projeto de Lei do Senado) 131, do senador José Serra (PSDB), foi aprovado por 40 votos a favor e 26 contrários. A versão votada foi fruto de mais um acordo entre o governo Dilma, o PMDB de Renan e o PSDB de Serra e Aécio. O projeto de lei significa avançar ainda mais na privatização da Petrobras.
O que muda
Com a aprovação do PLS, petrolíferas estrangeiras poderão explorar o pré-sal independente da participação da Petrobras. Até então, vigorava o regime de partilha que já colocava 70% do petróleo brasileiro à disposição dos interesses do capital estrangeiro, regime este criado pelo governo Lula.
A situação fica mais grave, pois retira a participação obrigatória de 30% da Petrobras como operadora única do pré-sal.
Nossa resposta será nas lutas!
Alguns movimentos sociais, como MST, MTST e CUT, programam um ato em defesa do mandato da presidente Dilma para 31 de março. Para a CSP-Conlutas é um grande erro participar de um ato que defenda o governo Dilma, responsável direto pelos principais ataques que estamos sofrendo, inclusive em relação à Petrobras.
O suposto golpe alardeado por segmentos que sustentam o governo é parte de uma política que ilude os trabalhadores e a juventude do país. Não há golpe sendo tramado. Aliás, que golpe é esse que está em curso, se PT e PSDB se juntam para entregar nosso petróleo para as multinacionais?
Na verdade, o que estamos assistindo é um espetáculo de disputa do poder. Seguimos fazendo o chamado para que as organizações dos trabalhadores e da juventude que estão sustentando o governo Dilma, neste momento, rompam com essa política e se somem às lutas em defesa da classe.
As mudanças que queremos não virão com a continuidade do governo Dilma (PT), nem pelas mãos de Michel Temer, Eduardo Cunha, Renan Calheiros ou Aécio Neves e José Serra.
Propomos a construção de um polo alternativo, um terceiro campo – dos trabalhadores, classista e independente – para lutar contra o governo, a oposição de direita e os patrões. Vamos fortalecer o “Espaço Unidade de Ação”, avançar na resistência e convocar manifestações por todo o país em um grande Dia Nacional de Lutas no dia 1º de abril contra as mentiras do governo Dilma (PT), dos governadores e dos prefeitos.
– Em defesa da Petrobras 100% estatal
– Todos às ruas dia 1º de abril para denunciar as mentiras dos governos
– Rumo à construção de uma greve geral no Brasil
– Nem o PT representa mais os trabalhadores, nem a oposição de direita é alternativa
– Contra Dilma-PT; Temer, Renan e Cunha-PMDB; Aécio-PSDB e demais alternativas de da direita
– Basta desse Congresso Nacional corrupto e reacionário.
Fonte: CSP-Conlutas