Segundo o economista Clovis Scherer, do Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos), o valor sairá do regime geral ligado ao setor privado (RGPS) e do Benefício de Prestação Continuada (BPC).
“86% (do R$ 1,1 tri) sai do RGPS e do BPC. Então como você pode afirmar que a nova Previdência combate privilégios, se ela atinge em cheio dois segmentos que não tem nenhum privilégio? O teto do RGPS é R$ 5.839, o BPC é um salário mínimo (R$ 998)”, questionou.
Ele acrescentou que “o governo alega que está preservando quem ganha um salário mínimo. Mas daí pra cima, todos perdem. A perda será de até 15% para assalariados que recebam acima do mínimo até cinco mínimos. Isso é importantíssimo, porque estes são os segurados que representam a maior fatia das despesas. Sobre eles recairão os cortes”.
Com informações do Estadão