Segundo Temer, isso daria três meses para a reforma ser votada no Congresso. O decreto da intervenção prevê duração até 31 de dezembro deste ano.
Por se tratar de uma proposta de emenda à Constituição, a reforma da Previdência não pode ser votada enquanto estiver em vigência uma intervenção federal em algum estado. A lei proíbe alterações constitucionais em situações como essa. Com isso, o governo deixou de lado a intenção de aprovar o texto nos primeiros meses do ano.
“Pode ocorrer de quando chegar em setembro, outubro, eu possa fazer cessar a intervenção se ela tomar um caminho, não quero manter a intervenção eternamente no Rio de Janeiro, nem é saudável. Se ocorrer isso, você terá logo depois da eleição três meses, você terá outubro, novembro, dezembro para ainda tentar votar a Previdência", afirmou o presidente.
Mobilização precisa continuar
A fala de Temer confirma a necessidade de os trabalhadores continuarem mobilizados contra a reforma que, entre outros ataques, impõe uma idade mínima para se aposentar de 65 anos para homens e 62 anos para mulheres.
"O governo Temer continua tramando contra o direito à aposentadoria dos brasileiros. Não está descartado que após as eleições de outubro eles venham com tudo para tentar passar essa reforma. Por isso, a mobilização dos trabalhadores e trabalhadoras não pode parar. No próximo 8 de março, Dia Internacional das Mulheres, voltaremos às ruas para dizer que não aceitaremos ataques aos nossos direitos", afirmou a vice-presidente da Admap, Zélia Alcântara.
Com informações do G1