Crise do coronavírus

Em plena pandemia, governo corta pela metade valor do auxílio emergencial

Em plena pandemia, governo corta pela metade valor do auxílio emergencial
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O presidente Jair Bolsonaro informou nesta terça-feira (1º) que o auxílio emergencial será estendido por mais quatro meses, mas terá seu valor reduzido pela metade, de R$ 600 para R$ 300.

O valor do benefício, criado para atender trabalhadores informais em razão da crise do novo coronavírus, foi anunciado após reunião do presidente com ministros e parlamentares aliados no Palácio da Alvorada.

"Agora resolvemos prorrogá-lo [o auxílio] por medida provisória até o final do ano. O valor definido agora há pouco é um pouco superior a 50% do Bolsa Família. R$ 300", disse o chefe do Poder Executivo. Bolsonaro afirmou ainda que o valor é menor que os atuais R$ 600, mas "atende" o que se espera do programa.

A redução do auxílio emergencial ocorre mesmo com o Brasil sendo um dos principais focos da propagação do coronavírus do mundo. Nosso país ultrapassou a marca de 100 mil mortes por covid-19 no dia 8 de agosto e continua como o segundo país do mundo com maior número de casos e mortes relacionadas ao vírus, depois apenas dos Estados Unidos.

Hoje, o Brasil tem mais de 121 mil mortes e contabiliza 3,9 milhões de infectados.

Para o diretor da Admap Josias de Oliveira Mello, é um crime o que está fazendo o governo Bolsonaro.
"Essa redução no valor do auxílio emergencial vai obrigar mais trabalhadores a sair às ruas, se arriscando a se contaminar para procurar ganhar dinheiro de alguma forma. O presidente continua empurrando os brasileiros para o abismo em meio à mais grave crise sanitária de nossa história", disse Josias.

"É preciso ficar muito claro que o auxílio emergencial não é um ato de bondade do governo Bolsonaro, mas, sim, uma iniciativa que todos países têm realizado para oferecer algum tipo de amparo às suas populações diante da terrível gravidade da doença", completou.