Em Caraguatatuba

Em sua abertura, 4º Congresso da Admap discute situação do país

Em sua abertura, 4º Congresso da Admap discute situação do país
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O 4º Congresso da Admap foi aberto nesta terça-feira (7), na Colônia de Férias dos Metalúrgicos em Caraguatatuba, com a presença de cerca de 100 aposentados e pensionistas. O presidente da Associação, Lauro da Silva, conduziu a abertura prestando uma homenagem ao histórico militante do movimento sindical e fundador da CSP-Conlutas Clóvis de Oliveira, que faleceu no mês de junho. Em seguida, os participantes entoaram o hino da Internacional Socialista.

O evento, que acontece até quinta-feira (9), teve o seu início marcado pela participação de representantes de várias entidades, que utilizaram o microfone para saudar os delegados presentes. Entre as organizações que usaram a palavra estão os sindicatos dos servidores de Jacareí e São José dos Campos, Sindicato dos Químicos, as associações de aposentados de Caraguatatuba, ABC e Piracicaba, Movimento Mulheres em Luta, Fapesp (Federação dos Aposentados do Estado de São Paulo), Cobap (Confederação Brasileira dos Aposentados, Pensionistas e Idosos), PSTU e PSOL.

Em seguida, a vice-presidente da Admap, Zélia Alcântara, procedeu a leitura do regimento interno, documento que rege as regras do Congresso. Depois de o plenário fazer as suas considerações, o regimento foi aprovado, em votação, pelos presentes.

Na sequência, o diretor da Admap Josias de Oliveira Mello coordenou a mesa sobre análise de conjuntura internacional e nacional. Para falar sobre o tema, foi convidado Antônio Ferreira de Barros, o Macapá, diretor licenciado do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região.

Na questão internacional, Macapá falou da luta dos refugiados, como os trabalhadores venezuelanos que buscam uma melhor sorte no Brasil ou os migrantes latino-americanos que têm sido barrados e separados de seus filhos nos Estados Unidos. A mobilização das mulheres argentinas também foi destacada.

Sobre o Brasil, o dirigente sindical ressaltou que “estamos vivendo a maior crise econômica da história do país”. Neste cenário, o governo Temer tem imposto vários ataques contra a classe trabalhadora, como a reforma trabalhista.

Apesar dessa situação, Macapá aponta que os trabalhadores têm muita disposição de lutar, como ocorreu na Greve Geral de 28 de abril de 2017 ou na paralisação dos caminhoneiros realizada esse ano.

“Essas grandes mobilizações comprovam que há muita disposição de luta para exigir direitos e melhores condições de vida. O problema são as direções das centrais, como CUT e Força Sindical, que rifaram os trabalhadores e acabaram mantendo Temer no poder”, avaliou Macapá.

Nesta quarta (8), o Congresso continua com uma discussão sobre as contas da Previdência e as investidas de governos sobre os direitos de aposentados e pensionistas. Além disso, divididos em grupos, os delegados vão ler e propor alterações nas teses apresentadas.