Em 2013, a soma atingiu impressionantes R$ 40,9 bilhões, segundo informações do próprio INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).
Somente em dezembro as operações de crédito realizadas por aposentados e pensionistas do INSS totalizaram R$ 2,692 bilhões. Em valores nominais (sem se considerar a inflação), o resultado foi 21% superior ao mesmo mês de 2012.
Para o presidente da Admap (Associação Democrática dos Aposentados e Pensionistas) do Vale do Paraíba, Lauro da Silva, o endividamento é grande porque os vencimentos dos inativos estão sofrendo um grande achatamento nos últimos governos.
“A política do governo Dilma e dos seus antecessores tem sido a de conceder a aposentados e pensionistas reajustes menores do que os repassados ao salário mínimo. Isso tem causado grandes perdas e diminuído consideravelmente o nosso poder de compra”, argumentou Lauro.
O empréstimo consignado pode se tornar uma grande armadilha ao aposentado. A razão é simples: mesmo em casos de eventuais emergências – uma questão de saúde, por exemplo –, o valor será descontado diretamente da folha da Previdência. É risco zero para os bancos.
“Ao invés de estimular essa modalidade de empréstimo que faz a alegria dos banqueiros, o governo deveria conceder aumento real e repor as perdas nos benefícios de aposentados e pensionistas”, acrescentou o presidente da Admap.