A resolução da Câmara de Regulação de Medicamentos (Cmed) que autoriza o reajuste foi publicada no dia 27 no Diário Oficial da União.
5,68% é o índice que será aplicado a mais da metade dos 9 mil medicamentos regulados. O percentual é maior do que o reajuste dos aposentados em 2014, que foi de apenas 5,56%.
Entre os remédios que terão o maior reajuste, encaixam-se aqueles com participação de genéricos igual ou superior a 20%. Muitos deles são utilizados continuamente por idosos, como os anti-hipertensivos (atenolol), os de combate ao colesterol (sinvastatina), controle da diabetes (metformina), antiácidos, analgésicos e antibióticos.
Categorias de remédios com menor presença de genéricos e, portanto, com menor concorrência entre si, terão reajustes menores, de 3,35% e 1,02%.
O aposentado Jorge Anselmo gasta cerca de R$ 200 por mês com medicamentos para tratamento cardíaco e de diabetes. Para ele, o aumento no preço dos remédios vai "doer no bolso".
“Como sofremos com a desvalorização em nossos benefícios, qualquer reajuste já pesa em nosso orçamento. É um dinheiro que certamente vai fazer falta”, lamentou Anselmo, que também é diretor da Admap.