Os destaques da lista de compras do governo são: leite condensado (R$ 15,6 milhões), iogurte (R$ 20 milhões) e batata frita (R$ 16,6 milhões). Também não faltaram guloseimas como chiclete, biscoito e bombom, que, juntas, somam mais de R$ 60 milhões.
Os dados são do próprio Ministério da Economia, que disponibiliza o “carrinho de mercado” de todos os órgãos do governo. Após a divulgação dos valores pelo portal Metrópoles, o assunto ganhou manchetes e entrou para a lista dos mais comentados nas redes sociais.
Para se ter uma ideia do absurdo, a quantia gasta com leite condensado poderia garantir 7,5 mil cilindros de oxigênio para os hospitais, como os que fazem falta em Manaus. 272 mil doses da vacina Coronavac também poderiam ser adquiridas com aquele dinheiro.
Realidade do brasileiro é outra
Os gastos do governo Bolsonaro contrastam com a realidade do brasileiro. De acordo com o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas, cerca de 20 milhões de pessoas poderão conhecer a pobreza extrema neste ano, após o fim do auxílio emergencial.
A fome no Brasil também tem crescido. Segundo o IBGE, o número de pessoas em situação de insegurança alimentar grave aumentou em 3 milhões, nos últimos cinco anos. Atualmente, estima-se que 10,3 milhões de brasileiros vivam nesta triste situação.
Fonte: www.sindmetalsjc.org.br