Absurdo!

Governo Bolsonaro trava Bolsa Família em cidades pobres e fila chega a 1 milhão

Governo Bolsonaro trava Bolsa Família em cidades pobres e fila chega a 1 milhão
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O governo Jair Bolsonaro está travando a concessão de benefícios do Bolsa Família, programa que atende famílias em situação de extrema pobreza. A medida está deixando milhares de pessoas sem qualquer assistência, abandonadas à própria sorte, nas regiões mais carentes do Brasil.

Para se ter uma ideia, uma a cada três cidades mais pobres do país não teve novos auxílios liberados nos últimos cinco meses com dados oficiais divulgados (junho a outubro de 2019).

Desde o ano passado, o governo Bolsonaro passou a controlar a entrada de beneficiários do programa. Com isso, a fila de espera, que havia sido extinta em julho de 2017, voltou e não há previsão para ser novamente zerada.

Com fila crescente e redução nas concessões, em 2019 o número de famílias atendidas pelo Bolsa Família recuou de 14,3 milhões, em maio, para 13,1 milhões em dezembro.

Municípios mais pobres
Um levantamento feito pelo jornal Folha de S. Paulo considerou os 200 municípios de menor renda per capita do Brasil, apontados pelo IBGE em 2017. Em todos, houve recuo na cobertura e um ritmo de atendimento a novas famílias muito menor que em períodos anteriores.

Cerca de 1 milhão de famílias aguardavam, em janeiro, uma resposta do Ministério da Cidadania para ingressarem no programa de proteção social e transferência de renda aos mais pobres.

O programa atende famílias com filhos de 0 a 17 anos e que vivem em situação de extrema pobreza, com renda per capita de até R$ 89 mensais, e pobreza, com renda entre R$ 89,01 e R$ 178 por mês. O benefício médio é de R$ 191.

"O que Bolsonaro está fazendo é um verdadeiro crime contra o povo pobre do nosso país. Além de acentuar a política econômica que privilegia os mais ricos e ataca os direitos dos trabalhadores, o governo, de forma cruel, fechou a torneira de recursos para atender pessoas em situação de miséria. É algo absolutamente criminoso", disse o presidente da Admap, Lauro da Silva.