Reunião em Brasília

Governo começa a discutir reforma da Previdência nesta quarta

Governo começa a discutir reforma da Previdência nesta quarta
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O governo Dilma Rousseff (PT) começa a discutir a proposta de reforma da Previdência que apresentará ao Congresso Nacional nesta quarta-feira (17), em Brasília.

O debate vai ocorrer durante a primeira reunião de 2016 do Fórum sobre Políticas de Emprego, Trabalho e Renda, composto por patrões e representantes de entidades sindicais e ligadas aos aposentados e pensionistas.

Com a reforma, um dos principais objetivos do Palácio do Planalto é aumentar a idade de aposentadoria dos trabalhadores brasileiros. Redução nos valores das pensões por morte e mudanças nos benefícios rurais também estão sendo estudadas.

Como centenas de entidades combativas em todo o país, a Admap é contra a reforma da Previdência. Ao contrário do que afirmam governo, empresários e setores da imprensa, o sistema da Seguridade Social, mesmo com a crise que atinge o país, não está em colapso.

Denise Gentil, professora do Instituto de Economia da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), em recente audiência pública realizada no Senado, afirmou que, apesar da crise econômica e da discutível política de desoneração fiscal adotada pelo governo desde 2010, o sistema de Seguridade Social brasileiro é superavitário e cumpre bem seu papel social de distribuir renda. “Não há nada de errado com a Previdência. O sistema é sólido e se sustenta mesmo na crise”, afirmou, na ocasião.

Segundo veículos de imprensa, o governo vai apostar todas as fichas na reforma da Previdência e, por isso, vai adiar, por enquanto, a discussão sobre a reforma trabalhista. As duas reformas e a aprovação da CPMF e da DRU (Desvinculação das Receitas da União) são prioridade para o governo Dilma.

"É preciso rejeitar com todas as nossas forças essa reforma da Previdência. O que o governo pretende é extorquir ainda mais os trabalhadores e aposentados para combater a crise, protegendo, como sempre, os bancos e grandes empresários”, disse o presidente da Admap, Lauro da Silva.