A aquisição da refinaria está sob investigação da Polícia Federal, do Tribunal de Contas da União e do Ministério Público por suspeita de superfaturamento e evasão de divisas.
O negócio resultou em um prejuízo bilionário à Petrobras e, agora, deve ser foco de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) envolvendo a própria Dilma, que autorizou o negócio em 2006. Na época, a presidente era ministra-chefe da Casa Civil e comandava o Conselho de Administração da Petrobras.
A gestão da gigante de petróleo levanta muitas suspeitas. Segundo a imprensa, a Petrobras fechou nada menos do de R$ 90 bilhões em contratos sem licitação. Isso corresponde a mais de 28% do que a companhia gastou entre 2011 e 2013.
“A população já sabe que apenas a instalação de uma CPI não quer dizer muita coisa. É preciso mobilização popular, para que tudo não acabe em ‘pizza’, como costuma acontecer”, afirma o diretor do Sindicato José Francisco Sales.
Dilma cai em pesquisa
Pesquisa Datafolha divulgada no dia 6 ajuda a aumentar o “inferno astral” de Dilma. O levantamento mostra que as intenções de voto na presidente recuaram nada menos que seis pontos desde fevereiro, passando de 44% para 38%.
A pesquisa também aponta que a maioria dos eleitores (72%) quer mudanças na condução do país.
Vice-presidente da Câmara renuncia
Ainda na esteira do escândalo na Petrobras, o deputado federal André Vargas (PT-PR) renunciou ao cargo de vice-presidente da Câmara, nesta quarta-feira, dia 9, após denúncias de envolvimento com o doleiro Alberto Youssef.
O doleiro está preso desde o dia 17, suspeito de comandar um esquema de lavagem de dinheiro e é investigado por suas ligações com o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, também detido pela PF.
Segundo um relatório da Polícia, Vargas atuava junto com Youssef para captar verbas em projeto do governo federal. Além disso, o deputado usou um avião fretado pelo doleiro em janeiro para viajar de férias com a família.
Fonte: www.sindmetalsjc.org.br