Nesta segunda (19), o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, anunciou a elevação do PIS e da Cofins sobre os combustíveis e o retorno da Cide. O aumento conjunto dos tributos corresponderá a R$ 0,22 por litro da gasolina e R$ 0,15 por litro do diesel, valores que a Petrobras já anunciou que repassará integralmente aos consumidores.
O ministro de Dilma anunciou também os aumentos do IPI sobre os atacadistas de cosméticos, do PIS e da Cofins sobre os produtos importados e do IOF no crédito para pessoas físicas.
Se não bastasse, a presidente Dilma vetou, nesta terça-feira (20), o texto aprovado pelo Congresso Nacional que corrigia em 6,5% a tabela do Imposto de Renda das Pessoas Físicas.
A medida aliviaria a tributação dos salários e aposentadorias, ao utilizar um índice mais compatível com a inflação do ano passado, de 6,41%. Na prática, com o veto, Dilma novamente retira dinheiro do bolso dos brasileiros. Isso acontece porque os trabalhadores que conseguem aumentos nos salários, mesmo que seja apenas a correção da inflação, passam a pagar alíquotas mais altas do Imposto de Renda.
O Planalto deverá promover uma correção de apenas 4,5% na tabela, correspondente à meta oficial de inflação - que, por sinal, é descumprida desde 2010.
Mobilizações
Os próximos dias deverão ser de mobilizações contra os ataques do governo Dilma. Nesta quarta (21), um Seminário realizado por sindicatos da região, na Câmara Municipal de São José dos Campos, discutirá os efeitos das medidas que reduzem direitos trabalhistas e previdenciários. O evento também preparará os protestos do dia 28, data em que as centrais sindicais estão convocando manifestações em todo o país.
Já no dia 25, aposentados e pensionistas - que receberam do governo Dilma este ano um reajuste abaixo da inflação oficial - fazem um ato em Aparecida (SP), durante as comemorações do Dia Nacional do Aposentado.