Historicamente, as mulheres sempre se aposentaram anos mais cedo. O governo estuda uma reforma das regras da Previdência. O ministro também questionou o conceito de direito adquirido e defendeu que a reforma inclua os trabalhadores atuais que ainda não contribuíram por 35 anos.
As declarações foram dadas em entrevista ao SBT. Questionado por um jornalista da emissora se as regras seriam iguais para homens e mulheres, Meirelles disse que o governo estuda a questão e citou exemplos do exterior. "Isso aí nós estamos estudando ainda. A maior parte dos países está caminhando para isso."
Ele disse que não há nada definido e que as discussões apenas começaram. Nesta quarta-feira (18), um grupo de trabalho formado por governo e algumas centrais sindicais fizeram a primeira reunião para discutir o tema.
Atualmente, o trabalhador que se aposenta na modalidade por idade precisa ter no mínimo 60 anos, se for mulher, ou 65, se for homem. Mas outras modalidades de aposentadoria, como por tempo de contribuição, não estabelecem idade mínima. A fórmula 85/95, por exemplo, soma idade e tempo de contribuição. Existe ainda o fator previdenciário. A reforma proporia criar uma idade mínima também para as outras modalidades.
Lutar contra a reforma
A Admap não aceita que sejam os trabalhadores, aposentados e pensionistas quem deve pagar o preço da crise e repudia a implantação de uma nova reforma que signifique a redução de direitos.
"Vários estudos atestam que a Seguridade Social, da forma prevista pela Constituição Federal de 1988, é supervitária. Por isso, não há razão para se querer mexer na Previdência. Não podemos aceitar reforma que restrinja direitos e aumente a idade de acesso à aposentadoria. Vamos à luta", disse o diretor da Admap Josias de Oliveira Melo.