Na reunião desta terça, ele receberá um grupo de dirigentes liderado pelo deputado federal Paulinho da Força (SD-SP), que é presidente da Força Sindical.
Para a CSP-Conlutas, central a qual a Admap é filiada, não pode haver "diálogo" sobre qualquer redução de direitos. O que é preciso é preparar uma Greve Geral, com participação de todas as centrais sindicais, para derrubar as reformas que retiram direitos e o próprio Temer.
Depois dos sindicatos, o governo pretende ouvir entidades ligadas ao setor previdenciário e líderes dos partidos aliados, e só então enviar a reforma para o Congresso.
A Casa Civil e a área econômica do governo querem que a proposta seja encaminhada antes do segundo turno das eleições, mas a ala política do governo prefere evitar riscos para os candidatos dos partidos que apoiam Temer.
A reforma
De acordo com a proposta de reforma, além de ter pelo menos 65 anos de idade, o brasileiro terá de contribuir com a Previdência Social por 45 ou 50 anos para ter direito ao valor integral da aposentadoria.
O período mínimo de contribuição seria de 25 anos, mas, neste caso, o segurado teria o corte de até 25% no valor do benefício.
A proposta do governo também deverá mudar a fórmula de cálculo das aposentadorias. São duas possibilidades que estão sendo avaliadas e que devem ser definidas nos próximos dias.
Em um dos cenários, quem se aposentar com os requisitos mínimos (65 anos de idade e 25 de contribuição) receberia 75% da média salarial, acrescida de 1 ponto porcentual a cada ano extra de contribuição. Nesse caso, para ter direito ao benefício integral, o trabalhador teria que somar 50 anos de contribuição.
Outra possibilidade seria o porcentual de 80%, também somado aos percentuais adicionais por tempo de contribuição. Nesse caso, o trabalhador teria que somar 45 anos de contribuição para chegar ao benefício integral.
“Não pode haver diálogo com quem quer retirar direitos dos trabalhadores e continua causando rombos na Previdência Social, através da DRU (Desvinculação das Receitas da União), da desoneração da folha de pagamento das empresas e da não cobrança das dívidas das grandes empresas. Nossa resposta ao governo precisa ser na luta, com trabalhadores da ativa, aposentados e pensionistas. A exemplo da mobilização nacional do dia 29 de setembro, é hora de preparar uma Greve Geral contra a reforma da Previdência e os demais ataques desse governo”, afirmou o presidente da Admap, Lauro da Silva.
“Esta luta também é dos aposentados. Não vamos permitir que nossos filhos e netos sejam prejudicados e tenham menos direitos que nós, porque o governo quer usar o dinheiro da Previdência para pagar os juros e os títulos da dívida pública”, acrescentou.