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Governo Temer estuda fazer reforma da Previdência "por decreto"

Governo Temer estuda fazer reforma da Previdência "por decreto"
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O presidente interino, Michel Temer (PMDB), estuda impor a reforma da Previdência “por decreto”, sem a necessidade de passar pelo Congresso Nacional. A informação é do blogueiro do UOL Fernando Rodrigues.

Segundo Rodrigues, o governo poderia alterar, por meio de um “despacho normativo federal”, a interpretação das regras da aposentadoria para trabalhadores da iniciativa privada (INSS). A alteração não precisaria passar pela Câmara nem pelo Senado Federal e seria feita com base no texto constitucional.

Temer tem sustentado para assessores que a Constituição é clara ao estabelecer que os anos de contribuição e a idade mínima são ambas condições necessárias e não excludentes para se aposentar pelo INSS.

O governo quer impor uma idade mínima de 65 a 70 anos para os trabalhadores se aposentarem. Além disso, estuda reduzir aposentadorias e pensões, que poderiam ser menores do que o próprio salário mínimo.

A proposta de reforma por decreto, se for confirmada, é um verdadeiro golpe contra os trabalhadores. Com a medida, Temer parece querer colocar a faca no pescoço dos parlamentares, que, em sua grande maioria, já não defendem os interesses da classe trabalhadora.

Mobilização continua
A luta contra a reforma da Previdência precisa continuar. É preciso unir os trabalhadores da ativa, aposentados e pensionistas para derrotar a proposta de mudanças nas regras previdenciárias. Nesta quarta, o Fórum de Lutas do Vale do Paraíba faz um novo protesto contra a reforma; desta vez na Praça Conde Frontin, no centro de Jacareí, às 10 horas.

No dia 16, as centrais sindicais promoverão o Dia Nacional de Mobilizações contra os ataques à aposentadoria e aos demais direitos dos brasileiros.

“É preciso endurecer as mobilizações porque até reforma por decreto está sendo ventilada por este governo. Vamos às ruas contra as reformas trabalhista e da Previdência e para colocar para fora Temer, Dilma e todo esse Congresso de picaretas”, afirmou o presidente da Admap, Lauro da Silva.