A informação, revelada pela imprensa nesta sexta-feira (9), mostra que o caminho é este mesmo: unificar trabalhadores de diversas categorias, aposentados e pensionistas para deter os ataques aos direitos.
O presidente tem sido alvo de manifestações quase diárias, enquanto a sua popularidade atinge níveis mínimos. Na abertura da Paralimpíada, por exemplo, Temer recebeu uma sonora vaia enquanto cumpria o protocolo ao declarar aberto o evento que ocorre no Rio de Janeiro.
Com a reforma da Previdência, o Palácio do Planalto quer impor uma idade mínima de 65 anos para homens e mulheres se aposentarem. A regra vai afetar trabalhadores da iniciativa privada e do serviço público.
Além disso, a equipe de Temer quer acabar com o atual piso dos benefícios, permitindo aposentadorias e pensões abaixo do salário mínimo.
Já as mudanças na legislação trabalhista visam favorecer ainda mais os empresários, que poderiam fechar acordos com sindicatos "pelegos" mesmo que em condições menos favoráveis ao que determina a própria lei. Os patrões também querem a aprovação da terceirização irrestrita nas empresas, o que acarretaria numa acentuada redução de direitos trabalhistas.
"A preocupação de Temer com os protestos vai ser muito maior, porque vamos lutar com todas as nossas forças até barrar os ataques aos direitos e colocar para fora esse governo destruidor de direitos e esse Congresso cheio de corruptos", afirmou o diretor da Admap Josias de Oliveira Mello.